O pó não tem definição, é das matérias a mais gasta pela sua filiação à morte. Pó, tão descentralizado do ser, como o silêncio entranhado no espaço das vivências. O pó ocupa os cantos da vida, preenche-os de histórias, projectando-os num tempo ficcionado. O pó não é pó senão quando é visto, se não é visto não pode ser invocado. O vento sabe tomá-lo no bater acelerado das suas asas e levá-lo à experiência da vida, em nebulosa poeira.
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O Semeador de Pó, entidade nocturna do séc. XVIII
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O Semeador de Pó, entidade nocturna do séc. XVIII